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sábado, 31 de agosto de 2013

A MAIS VELHA HISTÓRIA DO MUNDO




A MAIS ANTIGA HISTÓRIA DO MUNDO 
                 Esta obra que vão ler é o mais antigo de todos os escritos que tem chegado até nós. Uma prova de que a imaginação humana já era ativa e fecunda ha muitos séculos, mesmo antes do remoto período a que esta história pertence.  É possível que algumas dessas estranhas tradições que tão amiudadamente se repetem em diferentes partes do globo com simples variações locais de cor e de formas, e que nos vem não se sabe donde, se possam orgulhar duma alta antiguidade. 
                Mas se assim é, desapareceram decerto os textos originais dos tempos primitivos. Elas passaram de boca em boca, enraizaram-se aqui e ali como sementes aladas que achassem descanso em diferentes solos e ali crescessem como no seu torrão nativo, e desafiassem toda a tentativa de verificar a sua origem exata, pois que os livros em que elas tomaram por último uma forma definida são de muitos séculos depois do mito, do conto, da fábula que lhes conservam. 
                Mas as histórias que aqui apresento aos leitores vem com melhores credenciais. Não há dúvida nenhum sobre a sua idade ou a sua autenticidade; ele é ainda hoje oque foi quando primitivamente escrita.  
                                                   A PRIMEIRA HISTÓRIA
                A primeira delas está no velho papiro, amarelado e carcomido, coberto de misteriosos caracteres, traçados ha trinta e três séculos pela mão do escriba egípcio Annana, pode ser visto no British Museum (Museu Britânico). Ele foi lido, foi decifrado, foi impresso, e o seu conteúdo tanto tempo escondido na escuridão, foi trazido para a luz clara e franca do dia. É, portanto, um documento de inestimável valor para os verdadeiros amantes da história humana e da literatura mundial. 
                 Vasto e variado como era o campo da literatura egípcia, uma grande proporção, supunha-se, não tinha sido cultivada por ela. Apesar de todos os museus da Europa terem os seus rolos de papiros, em nenhum deles existia uma única obra de imaginação na forma de conto ou romance, até que no ano de 1852 esta lacuna foi, felizmente, preenchida. Nesse ano, Mrs. D'Orbiey, uma senhora inglesa, viajando na Itália, teve a ventura de adquirir esse único papiro. Quando voltou, submeteu-o à inspeção d'um dos primeiros egiptólogos, o Visconde Rougé, então superintendente da coleção  egípcia de Paris. Este logo reconheceu o valor da descoberta e descreveu o caráter geral do papiro. Numa breve notícia sobre ele, que foi impressa na "Revue Archeologique", chamou a atenção dos sábios franceses para esta notável produção. 
                  A história era escrita  "in usum Delphini" para o príncipe Seti Mernephtah,  filho do faraó Ramsés Miamum, e era  considerada como uma das obras, primas da literatura egípcia. No fim estava a seguinte notícia crítica: "Considerada bastante boa para ser associada com os nomes dos escribas do faraó, Kagabu (o maior escritor daquele tempo) e o escriba Horu e também o escriba Meremapu (duas estrelas de primeira grandeza da grande constelação literária). 
                  "Foi composto pelo escriba Annana, possuidor deste rolo. Que Deus Thoth livre da destruição todas as obras contidas neste rolo." 
                   Com este trabalho, tenho a pretensão de resgatar um importante pedaço da literatura universal, que ficou esquecida na noite do tempo. Tenho certeza que os verdadeiros amantes da boa literatura irão gostar. Vou iniciar a primeira postagem, ainda hoje, dia 31/08-2013.
Nicéas Romeo Zanchett 
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